Salve, pessoas!
Estamos em greve porque simplesmente não aguentamos mais... Para a realização de nossa atividade de extensão, por exemplo, não há uma sala de vídeo sequer em todo o campus. É um problema pequeno, mas dificulta muito o nosso trabalho. O cineclube aconteceu até hoje porque doamos nossas caixas de som e ficamos mendigando salas pelos corredores. Ficamos colando papel madeira nas paredes para evitar a luz externa que atrapalha a exibição. E ainda carregamos o datashow, que fica sob nossa responsabilidade e que teremos de responder a processos administrativos caso seja roubado ou danificado.
Nos parece que, segundo a (não) atenção dada ao cineclube pela universidade, essas atividades não são importantes para a formação dos estudantes. O que contraria toda uma concepção do uso do cinema na qualificação intelectual de seus expectadores, desenvolvida e praticada em todo o planeta.
Nossa decisão durante a greve é a de exibir filmes que tratem de temáticas como democracia, liberdade, revolução, movimentos sociais etc.
Vamos exibir filmes todos os dias na escada da Reitoria. Começaremos às 19:01, sem falta.
Apareçam para engrossar o caldo dos grevistas e ajudar na luta por uma universidade séria, transparente e compromissada com a nossa sociedade.
Saudações libertárias!
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
A obsessiva fã nº 1
Uma mistura de tensão e angústia constrói gradativamente o suspense contido no filme Misery. Estamos agora diante de uma obsessão inteiramente sem limites, que se desenvolve quando a pessoa passa a conviver com uma ideia que ela acredita ser a certa e perfeita, ainda que seja um absurdo para quem está ao redor.
No filme Misery, temos a personagem muito bem representada por tal obsessão: Annie Wilkes (Kathy Bates) uma enfermeira sozinha, isolada da cidade, temperamental e consequentemente fã obcecada de Misery. Ela está decidida a fazer dos livros sua vida, troca sua realidade pela ficção dos livros que tanto admira. Essa relação que ela tem com as obras do seu escritor favorito Paul Sheldon (James Caan) gera um conflito a partir do momento em que ela o acolhe em sua casa após ele ter sofrido um acidente de carro. Ela fica disposta a ajudá-lo até descobrir que ele matou a sua personagem preferida da série que ainda será publicada. Annie se revela como uma fã doentia, capaz de fazer de tudo para ter sua personagem de volta - nem que isso custe a vida dela ou do escritor.
A temática que o filme propõe nos faz refletir sobre os (não) limites que um fã tem ao admirar os seus ídolos, que na maioria das vezes nem sabem da sua existência. Essa fascinação por algo ou alguém tende a ser perfeita para os olhos do obcecado, como é para Annie. Ela envolvia a personagem Misery na sua vida, acompanhava cada livro como se fosse real e não só o via como uma ficção.
Essa paixão desmedida partiu da ideia do livro Misery, de Stephen King, e como já era de se esperar, o roteiro é cheio de suspense e terror.
FICHA TÉCNICA:
Título original: Misery
País de origem: Estados Unidos
Ano: 1990
Duração: 107 min
Direção: Rob Reiner
Elenco: James Caan, Kathy Bates, Frances Sternhagen,Richard Fansworth.Premiações:
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Atriz (Kathy Bates)
Prêmios Globo de Ouro, EUAPrêmio de Melhor Atriz em um Drama (Kathy Bates)
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