segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Cheiro vem do ralo




Baseado no livro homônimo escrito por Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo é um filme no mínimo curioso. Nele conhecemos Lourenço, um sujeito egocêntrico, sem escrúpulos que se diverte com a desgraça alheia, cujo único objetivo é “comprar a bunda” da garçonete de uma lanchonete.
Obsessão é o nome do meio de Lourenço. Ele gosta de explorar as pessoas que vão à sua loja de antiguidades para vender objetos usados, dando sempre ofertas baixas pelos objetos e sempre se aproveitando da necessidade das pessoas. Mas sem dúvida suas maiores obsessões são o ralo do banheirinho de seu escritório e a ‘bunda’ da garçonete da lanchonete que ele frequenta. Para todas as pessoas que entram em seu escritório, ele faz questão de explicar que o odor que eles sentem vem do ralo do banheiro, pois seu maior medo é que todos pensem que o cheiro vem dele. Todos os dias Lourenço vai a uma lanchonete comer uma comida que sempre lhe faz mal só para admirar os atributos físicos da moça de nome impronunciável. “Eu poderia passar uma semana inteira só olhando para essa bunda”, usando as palavras de Lourenço, percebemos um homem obcecado.
A estética do filme é bem interessante, a fotografia nos passa a impressão de sujeira, é possível sentir um desconforto gerado pelo cenário. Em todos os ambientes que Lourenço frequenta (casa, trabalho, lanchonete) percebemos lugares feios e desarrumados, com imagens amareladas, o que nos leva a imaginar o cheiro que esses lugares possuem.
Se comparado com o livro, o filme deixa a desejar no que diz respeito à fidelidade à obra original. A cena final do filme não acontece no livro e também vale citar alguns clichês presentes na película que acabam tirando o brilho do trabalho. Mas ainda assim vale a pena assistir este filme que nos mostra a questão da obsessão de uma forma suave e até cômica.
FICHA TÉCNICA:
DIREÇÃO: Heitor Dhalia
ANO: 2007
ELENCO: Selton Mello, Paula Braun, Martha Meola, Sílvia Lourenço.
DURAÇÃO: 112 MIN.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Qual é a sua obsessão?

Silêncio, casa, fama, família, dinheiro, sexo, ordem, rotina, higiene, beleza, corpo, prazer, perfume, sapatos, doença, comida, carros, drogas, companhia, filmes, cores, casamento, solidão, poder, trabalho, morte, barulho, livros, bonecas, homens, mulheres. Quais são as suas obsessões?

Dolls, de Takeshi Kitano, recorre ao Teatro Bunraku para contar três histórias que, unificadas pelo “casal-boneco” Matsumoto e Sawako, tentam mostrar ao espectador, além das obsessões das personagens, uma bela, sensível e silenciosa crítica à sociedade japonesa contemporânea. Através do recurso do coro da tragédia clássica grega, somos apresentados a homens obcecados pelo poder, por dinheiro e por suas culpas; e mulheres obcecadas pelo casamento, pela beleza, pela espera, pelo silêncio.

A estória que costura as outras estórias com um fio vermelho é a tragédia de Matsumoto, que é manipulado pelos pais para casar-se com a filha de seu chefe, apesar de ser noivo de Sawako. Contudo, antes da cerimônia do casamento, abandona tudo ao saber que Sawako havia tentado o suicídio. Assim, de forma obsessiva, une-se a quem parece de fato amar: Sawako. Mas é tarde, ela encerra-se em si mesma e torna-se uma boneca, - mas permanece senhora de suas próprias vontades (e obsessões). Para controlar esses desejos e obsessões, Matsumoto a prende nele mesmo com uma corda. Essa corda vermelha simboliza o apego desmedido que caracteriza a obsessão do casal. Acorrentados um ao outro, vagam pelo Japão, pelas estações do ano, pelas outras estórias. O fio vermelho ainda costura o presente com flashbacks e as duas pontas do filme.
Na segunda estória, acompanhamos Hiro, um alto membro da Yakuza (máfia japonesa) que, ao sentir-se à beira da morte, tenta reencontrar seu antigo amor. Amor este abandonado por ele para sair em busca de riqueza e poder (paralelamente ao que Matsumoto estava prestes a fazer). Trinta anos depois de ter sido anbandonada num banco de praça, vemos a antiga namorada de Hiro, rotineira e obsessivamente, insistindo em esperar com o almoço no banco onde costumavam se encontrar.

A terceira estória envolve Haruna Yamaguchi, uma cantora que, após um acidente, passa a viver reclusa com vergonha de seu rosto deformado. Ela recebe a visita de um único fã, um rapaz cego. Trata-se de Nukui que feriu os próprios olhos para manter intacta sua obsessão pela cantora.

O filme possui uma belíssima fotografia, transitando pelos obsessivamente organizados e limpos parques, ruas, pontes e viadutos. A câmera costura um cenário aberto, livre, sem grandes obstáculos. Ao contrário de como são tratados os próprios personagens: presos uns aos outros quer seja por sentimentos de culpa, arrependimento, amor, obsessão, quer seja por uma corda, uma cadeira de rodas ou mesmo a ignorância.

O penúltimo filme de Takeshi Kitano, Dolls (2002), é diametralmente oposto aos outros. Apelando para as emoções do espectador, captura-o pela fotografia sublime. Em Zatoichi (2003) e Hana-Bi - Fogos de artifício (1997), por exemplo, a violência se dá de forma bruta, coreografada, visual. Em Dolls não temos a Yakuza, mas a estrutura da sociedade japonesa esmagando os personagens. Não há gritos nem diálogos, há silêncios e olhares que traduzem emoções. Não é um filme quebra-cabeça, sobre o qual é preciso falar para alcançar-lhe a lógica, mas um filme que - sem palavras - dialoga com as sensações.

De fato, Dolls é um filme de poucos diálogos. Parece ser a proposta do diretor-roteirista de fazer um filme para ser mais visto do que escutado. Mas o fato de ser silencioso não faz de Dolls um filme apático, mudo. Seus personagens gritam por meio de gestos mecanizados, controlados, repetitivos. Revelam suas angústias e obsessões por meio de seus atos extremados, suas expressões, seus olhares, seus sentidos ou silêncio. Talvez seja uma tentativa de “mostrar” a sociedade japonesa, cuja comunicação é mais pautada em gestos, símbolos e olhares, se comparada à ruidosa sociedade ocidental. Marc Ferro, historiador francês estudioso de cinema, alerta-nos da necessidade de perceber a imagem fílmica (com ou sem som) tal como um texto, e como tal, possuidora de um autor, de um contexto e de elementos de reflexão e crítica da sociedade na qual foi produzido ou reproduz. Assim, não há como assistir ao filme Dolls sem levar em conta a forte presença dos valores culturais japoneses de auto-afirmação, da superação racional, do machismo extremado, do excesso de controle social.

Esta sociedade é muito bem representada por uma de suas modalidades clássicas de teatro, conhecida como Bunraku. No teatro japonês Bunraku, mais de um homem controla, de forma sincronizada, bonecos bem elaborados, bem feitos, bem trajados, de maneira tal que parecem possuir vida própria. Não por acaso dois bonecos iniciam e encerram o filme. Seria uma provocação do diretor para fazer ver o que resta de humano em nossa sociedade, seja ela oriental ou ocidental? Qual o sentido da vida e de ser humano quando nos tornamos marionetes obsessivamente controladas por vaidades, ciúme, culpa, ou mesmo o amor?


Realizado por Takeshi Kitano
País: Japão
Ano: 2002
Duração: 113 min.
Com: Kanno Miko, Nishijima Hidetoshi, Mihashi Tatsuya, Matsubara Chieko, Fukada Kyoko, Tageshige Tsutomu, Omori Nao.


Por Marcelo Sabino e
Lou-Ann Kleppa

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Perdidos no tempo

Estou perdida no tempo. Passei uma semana fora e quando voltei, não me dei conta de que o tempo aqui tinha passado. Na minha percepção, eventos do passado e presente estavam alocados no futuro. No entanto, Lola já tinha corrido e fui aboiada para a sessão no SESC enquanto o filme era exibido. Isto significa que esta resenha é, diferente das outras, um post scriptum.

O primeiro filme exibido foi o curta de 15 minutos Morte. de José Roberto Torero. Laura Cardoso e Paulo José fazem o casal que se engaja nos preparativos para a própria morte. Passeiam pelo cemitério escolhendo lápides e flores, encomendam o caixão, ensaiam o funeral com os amigos, redigem o testamento e arrumam as malas. Quando tudo está pronto, esperam a Morte chegar. Mas a Morte não avisa quando vem visitar.

Semelhante desorientação no tempo é trabalhada no conto dOs sete enforcados, de Leonid Andreiev. Os sete personagens do escritor russo são condenados à forca. Ao contrário do casal do curta, os sete sabem exatamente quando morrerão, e o conto todo se desenrola sobre como eles ocupam seu tempo até a chegada da morte programada. Em ambos os casos, o modo como se aproveita o tempo antes do ponto final é tematizado. No curta, um período de tempo de vida é preenchido com preparativos para a morte. No conto, um período de tempo semelhante é preenchido com tentativas de contornar o momento derradeiro.

O outro filme da noite foi Aboio, de Marília Rocha. Trata-se de um documentário lindíssimo que leva a assinatura da documentarista mineira. Marília Rocha deixa a câmera filmando depois de obter a resposta do entrevistado, esperando por uma eventual continuidade. Com a curiosidade de uma criança, ela foca na garganta de onde sai o som, como se buscasse o momento em que é produzido. Por vezes, ouvimos sua voz, mais raramente seus comentários sobre a filmagem. Enfim, percebemos seu estilo de contrapor um clímax com uma cena contemplativa. Nessas cenas, em que pássaros rodeiam no céu, podemos ruminar as imagens vistas, as estórias narradas, o aboio e o olhar manso do boi.

Também aqui podemos observar um descompasso. Em algumas cenas, o som é editado de tal maneira que o vaqueiro que vemos contando causo não enuncia a voz que ouvimos do narrador. Em outro momento, o som é cortado enquanto vemos o vaqueiro tampando o ovido esquerdo e cantando com o diafragma. Os depoimentos de vaqueiros que não valorizam o traje de couro e que se renderam à carreta que transporta o gado pelo asfalto estão no início do documentário (e mais perto da atualidade), enquanto os depoimentos de vaqueiros que aboiavam desde meninos e que seguem a tradição estão no final da película (e mais presos no passado). Por fim, há imagens captadas com a câmera Super 8 costurando toda a obra.

Marília Rocha brinca com o tempo quando dá voz a diferentes gerações: velhos vaqueiros e Lirinha, vocalista do recém-extinto Cordel do Fogo Encantado. Ela fixa o tempo da tradicional prática do aboio quando faz o documentário que registra as estórias, os falares, os cantos, os rostos, as rugas, a transformação do tempo. Através das imagens de Super 8, cria um efeito de antigo que serve de guia para o futuro. Através do canto, nos guia pelos sertões da Bahia, Pernambuco e Minas.

Apesar de serem filmes datados, nos mostram como estamos perdidos em relação à linha do tempo: incapazes de prever o fim do nosso tempo na Terra, desconhecemos algumas tradições que nos transcendem e preenchemos o nosso tempo com a busca do progresso, desenvolvimento e dinamismo.

Morte.
Direção e roteiro: José Roberto Torero
Elenco: Laura Cardoso e Paulo José
Gênero: Ficção
Duração: 15 minutos
Ano: 2002.

Aboio
Direção: Marília Rocha
Gênero: Documentário
Duração: 73 minutos
Ano: 2005.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre as diferenças que o tempo pode fazer



São "apenas" vinte minutos... O "apenas" vem entre aspas porque a intenção é chamar a atenção para as infinitas coisas que podem acontecer dentro de certos intervalos de tempo que nossos relógios insistem em querer medir com a precisão positivista das sociedades modernas.

Durante vinte minutos Lola (Franka) tenta desesperadamente salvar seu namorado de uma grande enrascada. O namorado, Manni (Moritiz), trabalha para um poderoso gângster. Um descuido de Manni pode levá-lo à morte, caso Lola não chegue a tempo de intervir na tragédia...

Muita grana envolvida na trama. Talvez para despertar na plateia a força sedutora que o dinheiro exerce em nossas vidas. Talvez para mostrar que se trata de algo muito importante, cujo dinheiro é acionado pela narrativa do filme como uma metáfora de coisas indispensáveis à vida, o que me parece bem pior.

Manni encontra a solução na tentativa de assaltar um banco, enquanto Lola tenta ajuda junto ao pai que é muito rico. Um mero acidente que acontece pelo caminho muda todo o desenvolvimento da trama, trazendo consequências das mais diversas.

Um filme sobre um dos temas mais discutidos na modernidade, o tempo. De que estamos falando afinal? Como percebemos o tempo a nossa volta? O que é mais importante em nossas vidas? Como usamos o tempo que temos? Somos capazes de aumentar, diminuir ou desprezar o tempo?

Essas e outras questões emanam das cenas de Corra Lola, Corra. Despertando angústias, alegrias e pensamentos mil... Oxalá sirvam para direcionar melhor as nossas escolhas.


FICHA TÉCNICA:
Título Original: Lola rennt
Gênero: Ação
Alemanha, 1998

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O curioso Caso de Benjamin Button




O ser humano nasce e no decorrer de sua vida passa por várias etapas no seu desenvolvimento. A infância normalmente é o período em que a pessoa começa a descobrir as coisas da vida e dispõe de saúde e energia em abundância. No período da adolescência até a idade adulta é vivido o ápice da vida. A velhice que na maioria das vezes está acompanhada de doenças que acompanham a idade é também marcada pela idia de que a morte se aproxima. É através destas mudanças que observamos a influência do tempo em nossas vidas. O filme O Curioso Caso de Benjamin Button é baseado no conto de Scott Fitzgerald e apresenta a história de um homem que viveu toda sua vida fora dessa linearidade convencional. Benjamim nasce com a aparência de um velho de mais de 80 anos e consequentemente apresenta os males que normalmente acometem pessoas com idade avançada.
Benjamim é abandonado pelo pai e cresce em um asilo, local onde conhece Daisy, neta de uma das moradoras do asilo. Juntos eles vivem a infância e todo o processo que envolve esse período, porém Benjamim se desenvolve com a saúde debilitada e vive confinado nas dependências do asilo. Eles se apaixonam, mas caminham em direções opostas, pois ela envelhece e ele rejuvenesce. Suas vidas se cruzam em apenas uns momentos, quando eles possuem quase a mesma idade, e depois é impossível manter a relação porque ela está cada vez mais velha e ele mais jovem.
O filme faz uma reflexão interessante sobre o tempo. Benjamin vive um destino contrário ao tempo. É como se sua vida fosse vivida de “trás para frente”. Também observamos algumas semelhanças entre o período da infância e o da velhice (o bebê tem dificuldades para andar assim como uma pessoa com mais de 80 anos de idade), como se o tempo fosse cíclico, como se caminhássemos para certo ponto e depois regredíssemos. Outra reflexão presente no filme é a diferença entre a mente e o corpo físico do personagem em oposição ao tempo da vida de uma pessoa.
Um espetáculo à parte é a parte técnica da película que vai desde a maquiagem até os efeitos especiais. Sem dúvida a maquiagem é o que chama atenção, pois Brad Pitt e Cate Blanchett interpretam seus personagens em várias fases da vida. O filme é interessantíssimo, reflexivo e nos permite observar outra faceta do tempo.
Ficha técnica:
Diretor: David Fincher
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 159 min

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tempo de despertar



Ao despertarmos, uma série de processos psicossomáticos tomam conta de nosso cérebro. Esses processos nos orientam no tempo, mantendo uma noção temporal através dos nossos sentidos e dos nossos afazeres, de forma geral, das coisas simples que exercemos. O que vivemos é marcado por um tempo, o que fazemos e o que não fazemos também é marcado por um tempo. A passagem desse tempo é subjetiva de modo que cada um a sente de uma maneira diferente.

O filme Tempo de despertar é baseado em fatos reais: o neurocientista Oliver Sacks testemunhou um pequeno milagre quando foi exercer seu primeiro emprego, num hospital psiquiátrico. No filme, acompanhamos um tempo adormecido vivenciado por pessoas em estado catatônico. Esses pacientes não exercem nenhuma atividade a não ser comer e dormir. São pessoas paralisadas no tempo. Com essa visão, o doutor Malcolm Sayer interpretado por Robin Williams, passa a analisar e buscar respostas sobre essa “doença do sono”, pois ele suspeita que seus pacientes estejam com Parkinson exacerbado e que, se medicados corretamente, podem despertar.



É interessante notar no filme que mesmo após décadas de adormecimento, os pacientes sentiam em si a vontade de viver, de aproveitar tudo o que não haviam vivido antes. Eles voltam para uma realidade completamente diferente daquela vivenciada antes da encefalite letárgica. O tempo se torna valioso e cada segundo do “despertar” é aproveitado. O tratamento faz com que despertem também antigas habilidades como cantar, tocar piano, dançar etc. Esses momentos de diversão proporcionam a eles a esperança de viver, de explorarem novos lugares e de vivenciarem as coisas simples da vida.

A nossa percepção de tempo é algo completamente relativo: há quem queira viver intensamente, assim como há pessoas que vivem como se estivessem adormecidas no tempo. Ao "pararmos" o tempo, pausamos a nossa vida, entretanto a sociedade continua a exercer suas atividades. O tempo não para.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Penny Marshall
Elenco: Robert DeNiro, Robin Willians, Julie Kavner, Ruth Nelson, John Heard
Produção: Elliot Abbott, Elliot Abbott, Lawrence Lasker
Roteiro: Paul W. Shapiro, Steve Zaillian
Fotografia: Miroslav Ondrícek
Trilha Sonora: Randy Newman
Duração: 120 min.
Ano: 1990
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Columbia Pictures Corporation


terça-feira, 2 de agosto de 2011

4° Mostra For Rainbow

Nos dias 19 e 20 de agosto (mudou!!) acontecerá, no SESC Esplanada, a 4° Mostra de Curtas For Rainbow. Trata-se de um festival simultâneo em mais de 100 cineclubes brasileiros para discutir a diversidade sexual. A proposta é que cada cineclube exiba os curtas e ofereça outra atividade cultural complementar. Em parceria com o CineSESC, vamos exibir os filmes, promover debates e apreciar uma performance de dança.

No dia 19 de agosto, às 20:00 haverá exibição de curtas e uma mesa-redonda para discutir o tema e os curtas. No dia 20 de agosto, também às 20:00, haverá apresentação de curtas (inéditos) e uma performance de dança.

Compareçam, divulguem!