quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre as diferenças que o tempo pode fazer



São "apenas" vinte minutos... O "apenas" vem entre aspas porque a intenção é chamar a atenção para as infinitas coisas que podem acontecer dentro de certos intervalos de tempo que nossos relógios insistem em querer medir com a precisão positivista das sociedades modernas.

Durante vinte minutos Lola (Franka) tenta desesperadamente salvar seu namorado de uma grande enrascada. O namorado, Manni (Moritiz), trabalha para um poderoso gângster. Um descuido de Manni pode levá-lo à morte, caso Lola não chegue a tempo de intervir na tragédia...

Muita grana envolvida na trama. Talvez para despertar na plateia a força sedutora que o dinheiro exerce em nossas vidas. Talvez para mostrar que se trata de algo muito importante, cujo dinheiro é acionado pela narrativa do filme como uma metáfora de coisas indispensáveis à vida, o que me parece bem pior.

Manni encontra a solução na tentativa de assaltar um banco, enquanto Lola tenta ajuda junto ao pai que é muito rico. Um mero acidente que acontece pelo caminho muda todo o desenvolvimento da trama, trazendo consequências das mais diversas.

Um filme sobre um dos temas mais discutidos na modernidade, o tempo. De que estamos falando afinal? Como percebemos o tempo a nossa volta? O que é mais importante em nossas vidas? Como usamos o tempo que temos? Somos capazes de aumentar, diminuir ou desprezar o tempo?

Essas e outras questões emanam das cenas de Corra Lola, Corra. Despertando angústias, alegrias e pensamentos mil... Oxalá sirvam para direcionar melhor as nossas escolhas.


FICHA TÉCNICA:
Título Original: Lola rennt
Gênero: Ação
Alemanha, 1998

Um comentário:

Anônimo disse...

Detalhe: Manni Não tenta assaltar um banco. Na verdade ele tenta assaltar um supermercado. Lola é que assalta uma banco (local onde seu pai trabalha).